


Para isso utilizamos somente o CD-R, que é aquele que podemos gravar em casa, e não os CDs comprados prontos, que são prensados, cuja composição é um pouco diferente. Para perceber essas diferenças, vou descrever as 4 camadas físicas que compõem cada tipo de CD.
No CD-R encontramos:
1ª - Camada adesiva, que é o rótulo do disco.
2ª - Camada de gravação, onde contém os dados, e é composta de Cianino ou Fitohalocianino, que são substâncias metálicas e eletromagnéticas.
3ª - Camada reflexiva, composta de ligas de ouro ou prata.
4ª - Camada plástica, que é a base rija do CD, feita de policarbonato.
Já nos CDs comuns, comprados já gravados, e que não permitem a transferência na cerâmica plástica, encontramos:
1ª - Camada adesiva, que é o rótulo do disco.
2ª - Camada de acrílico, onde contém os dados gravados.
3ª - Camada reflexiva, composta de alumínio.
4ª - Camada plástica, que é a base rija do CD, feita de policarbonato.
Deu para perceber que a diferença principal da transferência não acontecer, é a segunda camada do CD comum, que é acrílica! A segunda camada do CD-R reage mais ao calor, pois necessita dele para a gravação de dados (a laser), enquanto no CD comum é apenas prensado.
Podemos encontrar os CD-Rs em cores variadas, como azulado, esverdeado, prateado ou dourado. Tudo vai depender se em sua composição foi usado Cianino ou Fitohalocianino, ligas de prata ou de ouro, e também suas respectivas concentrações. Com essas variações, na utilização na cerâmica plástica, você poderá abusar dessas tonalidades.
O processo da transferência à massa não é muito difícil, mas um pouco trabalhoso, pois você terá que recortar a superfície das 3 primeiras camadas do CD, passando uma lâmina de ponta afiada por toda a borda dessas camadas, tanto na parte externa como interna, perto do orifício (não para cortar o CD, e sim apenas recortar as bordas da película que o recobre).
Depois deverá aplicar uma camada de cerâmica plástica, já previamente amaciada, recobrindo todo o CD e, com muita paciência, friccionar delicadamente a massa com os dedos para que seja aquecida e as camadas do CD comecem a se soltar grudando na massa.
Na etapa de retirar a massa do CD, cuidados redobrados deverão ser tomados para que a película metalizada não se parta. Mas você também poderá procurar esse efeito craquelado se desejar, justamente provocando rachaduras nessa película, quando já grudada à massa.
Depois de recortada e aplicada em suas peças, a queima deverá ser normal, de acordo com as especificações do fabricante de sua cerâmica plástica.
Para finalizar seu trabalho, abuse de fartas camadas de verniz apropriado à cerâmica plástica, para que essa película não corra o risco de se soltar da peça.
Pronto, terá transferido para sua peça esse interessante espectro cromático, que certamente se destacará!
fonte: aqui
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